A injustiça dos banqueiros e a precaridade dos bancários



O caminho da justiça é um caminho longo e sinuoso, mas é preciso que seja percorrido com firmeza e determinação.

É por isso que sempre que os bancários protestam devem ser aplaudidos pela sua coragem em denunciar a grave injustiça que sofrem nas mãos dos banqueiros.

Também é um apelo a mais e mais bancários para que se juntem às próximas manifestações.

Os lucros recordes das instituições financeiras são uma façanha, sem dúvida, mas é inaceitável que os bancos explorem os seus funcionários, pagando-lhes salários miseráveis e não correspondentes ao seu valor. É verdade que os bancos ganham milhões, mas os bancários são tratados como se fossem apenas números, sem personalidade, sem direitos.

De acordo com o Jornal Económico, em 2023, os sete maiores bancos portugueses – Caixa Geral de Depósitos, BCP, Novobanco, Santander Totta, BPI, Crédito Agrícola e Banco Montepio – lucraram 4.633,9 milhões de euros, o que compara com os 2.761 milhões de euros que os mesmos sete bancos obtiveram em 2022.

A realidade é cruel

Enquanto os banqueiros ricos vivem com milhões, os bancários trabalham em condições precárias, com salários insuficientes para satisfazer as suas necessidades básicas e para fazer face à inflação. É uma situação inaceitável e que não pode continuar a ser tolerada. De acordo com a LUSA: «Banqueiros: Milhões; bancários: tostões». Esta é a mensagem reivindicativa que mais se tem feito ouvir em 2024.

O protesto dos trabalhadores bancários é uma chamada à atenção para a injustiça flagrante que se pratica contra a classe. Exigem respeito e dignidade no trabalho, algo que não é pedir demasiado. Chegou o momento de os banqueiros pararem de explorar os seus funcionários e começarem a valorizar o trabalho por eles feito. Os bancários são hoje, mais produtivos que há uma década atrás, porém os seus salários permanecem estagnados.

A sociedade como um todo deve estar do lado dos bancários e condenar a exploração laboral. É hora de se romper o silêncio e de se levantar contra a injustiça. Os bancários não devem ser tratados como objetos, mas como seres humanos com direitos e necessidades.

Basta de comer pão com manteiga

As manifestações ao lado dos bancários servem para condenar a exploração laboral cometida pelos bancos. Chegou a hora de mudar a realidade e de garantir que os funcionários das instituições financeiras sejam tratados com o respeito e a dignidade que merecem. Basta de comer pão com manteiga.

Se os banqueiros recebem milhões, os bancários mendigam tostões, num ambiente de exploração laboral, onde a justiça tarda a chegar. Em sinal de protesto, os sindicatos do setor financeiro têm desencadeado manifestações e lutam por melhores condições de trabalho em respeito pelos direitos humanos, por salários mais justos, num ambiente de elevados lucros que apenas beneficiam os banqueiros.

Vivam os bancários!

Viva a justiça!

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